terça-feira, 10 de junho de 2008

Dia 17Junho 17:00 horas
no
Canal SIC MULHER

12 comentários:

Paula Silva disse...

quero ver se consigo ver ... vou voar daqui até casa
mil bjs
paula

Anónimo disse...

Olá,
Tomei conhecimento do vosso caso a partir do programa da SIC mulher e vim aqui dar uma vista de olhos. Desejo-vos o melhor do mundo e muita força, espero que seja feita justiça. São inúmeros os casos conhecidos de negligência nas maternidades. É infelizmente muito frequente que as mulheres sejam tratadas como um número e por isso é que eu digo que as maternidades já não são maternidades, são fábricas de partos, sem qualquer humanidade! É muito triste isto. Divulguem o vosso caso, para que todas as mulheres que venham a engravidar tomem conhecimento do que vos aconteceu e não deixem que o mesmo lhes aconteça a elas. Beijos muito grandes e força, o vosso anjinho está a olhar por vocês *

Ana

Anónimo disse...

Boa noite,
Vi a vossa entrevista na SIC Mulher e queria dar-vos a maior força. Sei que é complicado lutar contra as instituições públicas mas, a perda que sofreram merece o vosso esforço.
Coragem para vocês, para a vossa Joana e para o vosso anjinho.
D.Isabel

free browny disse...

opa ja passou

Paula Silva disse...

eu bem pena me deixou não ter visto :-(
Mil beijinhos
paula

Blue Angel disse...

Não consegui ver, mas espero que vos ajude na vossa luta.

Um beijo

Nivea

Anónimo disse...

Olá
O meu nome é Manuela e sou produtora do programa Olhar no Feminino, na Rádio Universitário do Minho (www.rum.pt)
Gostava muito de poder divulgar a vossa história. Disponibilizo o meu e-mail: manuelapontes1@iol.pt para um futuro contacto.
O Blog do programa é: www.olharnofeminino.zip.net

Anónimo disse...

Olá,
Atraves de diversos blogs, cheguei até si, e assim que percebi
o que se passou consigo, apteceu-me de uma tal forma escrever-lhe,
apenas para lhe poder dar um beijinho e um abraço,
de quem esta a passar o mesmo que a senhora....
Não da mesma forma, mas com a mesma dor.
Tenho 30 anos, fui mãe pela primeira vez em Setembro de uma filha
muito mas muito desejada e programada, devido a varios factores,
o que parecia ser nos ecocardiogramas fetais um pequeno sopro no
coração, transformou-se num enorme sopro com sugestão cirurgica assim
que a minha pequenina ganha-se peso suficiente para aguentar uma operação
em nada delicada. Depois de uma gravidez de risco devido a diabetes gestacionais e
teñsão alta, pensava eu que o pior ja tinha passado, quando afinal nos dizem que os problemas
cardiacos da Maria se deviam a um sindrome chamado Sindrome de Williams,
(foi-nos dito pelo telefone que a nossa filha tinha este sindrome por uma médica do
hospital de São francisco Xavier onde eramos seguidos). Nesse dia caiu-me mais uma vez
o mundo em cima, era uma bola de neve demasiado grande para ser possivel...
Achamos que com muito amor, a nossa filha ia ser o mais normal possivel, tendo
em conta que este Sindrome lhe traria muitas dificuldades na vida, acima de tudo
muitas dificuldades no crescimento. Estava tudo a correr bem, ela estava a crescer
demonstrava um crescimento fraco devido ao cansaço em comer, mas crescia, devagarinho,
cada grama que ela aumentava era para mim uma vitoria, quanto mais rapido engorda-se mais
rapido era operada e ficaria boa. Até que no dia 18 de Novembro, sem mais nem porque
depois de mamar e de tomar banhinho a minha filha tranquilamente deixa de respirar e de viver
no colo do pai.... Seguimos para o Amadora Sintra, em panico a achar que ela estava viva,
despidos e descalços, no carro de um vizinho que acordou com os gritos,
lá já não foi possivel fazer nada, ela já entrou morta, a reanimação foi impossivel
e aqui eu concordo consigo, as médicas que nos atenderam, foram do mais bruto possivel,
o meu marido perguntou em dada altura se a filha respirava e a resposta foi seca e fria
"Claro que não", nunca me hei-de esquecer estas palavras nem o que elas significaram na
minha cabeça. Nem a frieza com que nos disse que fizeram tudo o possivel...
Nem o modo como nos disseram, "Vão para casa e amanha dirijam-se ao IML para
levantar o corpo depois de autopsiado", estavamos a falar da minha filha, nem
um calmante, nem um psicologo, nada....restou-nos a familia que na aflição lá foi ter,
caso nao o tivessem feito eu teria muito certamente saido dali em direcçao a qualquer
sitio, onde pudesse encontrar a morte de encontro à minha filha.
Já passaram 7 meses, estou neste momento a fazer o chamado "Desmame" dos anti-depressivos
que me foram dando nestes meses, tenho medo do que farei sem eles. Já tomei varia medicação
para parar o leite, mas continuo a te-lo... Cada vez que encontro alguem que sabe o que sofro
tenho estas atitudes e partilho com elas o meu sofrimento. Desculpe-me por isso.
Odeio odeio odeio que me digam "foi melhor assim", a tua filha ia ter problemas que poderiam vir a ser graves...
Diz isso quem nunca amou um filho, quem não sabe que um filho se ama, com todos os "defeitos" ou problemas que
tenha. Eu amo muito a minha, nao estou nem sei se estarei preparada para ter outro filho algum dia.
A Maria foi a unica coisa neste mundo de perdas pelas quais já passei, que eu programei e desejei com
todo o meu amor.
Não vi o entrevista que deu na tv, e desculpe mais uma vez escrever-lhe. Mas há dias em que falar da minha
Filha e lembrar-me dela com vida me traz um sorriso e eu precisos destes sorrisos para me manter viva...
Desculpe. Certamente os nossos Anjos estão algures a olhar por nós, juntos em algum Céu.
Um beijinho
Patrícia Matos

Luisa Condeço disse...

Vim aqui parar atrvavés dum post no blog grávidas em forma e fiquei profundamente chocada com a vossa história. Não tenho palavras para descrever a minha angústia como mãe e como mulher que deseja engravidar após duas cesarianas e ler a vossa história de horror. Por conhecer o sistema médico tenho-me informado exaustivamente e entre várias coisas aprendi que induzir com cesariana anterior é das piores coisas que se podem fazer pondo em sério risco a vida do bebé e da mãe.
Deixo-vos um link com informações e onde podem ler os estudos médicos que dizem para NUNCA usar oxitocina num parto vaginal após cesariana.
http://www.childbirthconnection.org/article.asp?ClickedLink=293&ck=10212&area=27
Se precisarem de ajuda, seja no que for estou à vossa disposição. Um abraço solidário.

doula disse...

Tenho seguido vosso blog, vi a vossa entrevista no programa Fátima, resolvi escrever-vos após um comentário vosso no blog gravidas em forma.
É impossível imaginar a vossa dor e a vossa revolta.
Foram vítimas de negligencia médica, não há dúvida nenhuma.
Reafirmo o que a Luisa Condeço escreveu, todas as evidências científicas para o NÃO uso de oxitocina em caso de parto vaginal após cesariana pois esta aumenta em 15 vezes o risco de ruptura uterina.
Deixo-lhe aqui um extrato de um estudo que traduzi, se quiser posso enviar-lhe o artigo completo em português ou se quiser ler o artigo científico original vá a:
http://ican-online.org/resources/white_papers/wp_pharma_sp.pdf

Desejo-vos muita luz e muita paz e Justiça para a Beatriz.
Se precisarem de ajuda seja para o que for, disponham.
Cristina

Riscos da indução
Outro elemento a considerar quando se elege uma indução é que, além de aumentar a possibilidade de sofrer outra cesariana, aumenta os riscos para ti e para o teu bebé. A indução incrementa o stress que o bebé experimenta, aumenta o risco de sofrimento fetal, especialmente quando utilizam as doses mais altas de oxitocina e misoprostol (5) (6) (7). A mãe deve ser vigiada cuidadosamente porque a indução pode produzir contracções demasiado fortes. As contracções artificiais são mais difíceis de suportar para ti e para o teu bebé, uma vez que o período entre contracções é mais curto e o bebé não recebe tanto oxigénio. Em alguns casos, a indução causa a separação precoce da placenta (placenta abrupta) (8) (9).
Ao eleger uma indução a probabilidade da mãe eleger ou necessitar de uma epidural para suportar as contracções aumenta (10) (11). A epidural adiciona outros tipos de riscos, incluindo dor espinal, incontinência urinária temporal, hipotensão materna, dores de costas a longo prazo, dores de cabeça, ciática e adormecimento ou formigueiro; em casos pouco comuns, produz-se paragem cardíaca, convulsões, ataques de alergia e paragem respiratória (12). A epidural eleva a temperatura da mãe, pelo que depois do nascimento esta pode requerer intervenções para descartar uma infecção. Ainda mais, a epidural pode ocasionar sofrimento fetal, uma vez que as drogas usadas passam ao sistema do bebé (13). A epidural também faz com que o parto seja mais lento, o qual pode contribuir para outra cesariana, por “não progressão de parto” (14), e usá-la aumenta a probabilidade de usar fórceps, uma vez que a mãe tem menor capacidade de puxar de maneira efectiva (15). Se sofreste uma cesariana por uma indução falhada ou por “não progressão de parto”, terás sofrido alguns ou vários dos efeitos secundários e os riscos de uma cirurgia maior, assim como os da indução, se bem que todos eles possivelmente poderiam ter sido evitados.
A ruptura artificial de membranas tão pouco se recomenda como indutor. Uma vez que a bolsa de águas está rota, aumenta o risco de infecção e impõem-se limites de tempo na maioria dos partos. Estatisticamente falando, a ruptura artificial de membranas aumenta, em vez de diminuir, a probabilidade de sofreres uma operação cesariana (16) (17).
Os bebés cujos nascimentos são induzidos parecem ter maior risco de serem prematuros (18). Apesar das provas e das melhores intenções do pessoal médico, não existe uma garantia total de maturação. Aliás, é mais comuns os bebés com nascimento induzido necessitarem de ressuscitação, a admissão numa unidade de cuidados intensivos e fototerapia para tratar a icterícia, e todos estes casos requerem a separação do bebé da sua mãe (19).

Ruptura uterina
Quanto à ruptura uterina, os factos falam por si mesmos: a indução farmacológica aumenta os riscos de ruptura uterina (39). A taxa de ruptura uterina num VBAC não induzido é só de 0.5%, menor que o risco de sofrer muitas outras complicações maiores do parto. No entanto, quando se introduz o factor indução, o risco aumenta. Um estudo recente, o qual obteve muita atenção por parte dos média, mostrou que nos VBAC induzidos com pitocina ou oxitocina, o risco de ruptura aumentou para 0.77% e com prostaglandinas como agente indutor, a taxa de ruptura uterina aumentou a 2.45% (40).
Quase todos os estudos confirmam o risco de indução nos VBAC, ainda que alguns não mostrem um incremento na taxa de ruptura (41). Num estudo realizado com 752 mulheres, ocorreram 12 rupturas uterinas, 11 das quais estiveram associadas ao uso de indução ou condução do parto ou ambos. Os autores afirmaram que o VBAC é seguro, mas que o VBAC induzido não o era (42). Num estudo mencionado acima sobre a eficácia da indução verificou-se que nos partos induzidos a taxa de deiscência da cicatriz é de 7% (43).
Uma revisão de cerca de 115.000 partos no Canadá confirmou que a indução ou condução do parto (usar agentes químicos para estimular uma maior actividade uterina num parto iniciado espontaneamente) são factores de risco confirmados para a ruptura uterina (44). Ainda que a condução do parto poderia ser uma opção menos questionada que a indução, uma vez que o parto já se iniciou, segue existindo risco de ruptura. Um estudo israelita concluiu que o uso de oxitocina e prostaglandinas aumentam o risco de ruptura (45). Outro estudo confirmou que os partos espontâneos têm um baixo risco de ruptura (0.45%), mas que o uso de prostaglandinas aumenta o risco 6.41 vezes (46).

Conclusão
Geralmente, a indução farmacológica que se pratica actualmente nos hospitais não consegue o que promete. Em vez que aumentar a probabilidade de ter um VBAC com êxito, a diminui, além de converter o teu parto numa experiência perigosa para ti e para o teu bebé. No caso de existir uma necessidade médica, a indução pode ser uma opção útil, mas não deve usar-se de forma não pensada. Se verdadeiramente precisas de uma indução, é de grande importância que se prepare o colo do útero o mais possível antes da indução de forma a maximizar a possibilidade de conseguir-se um VBAC.
Elege com muita cautela a pessoa que te vai atender no parto e discute detalhadamente com ele ou ela todas as opções antes de acederes a uma indução de parto para um VBAC.

Extraído do paper publicado no site ICAN, originalmente em espanhol com tradução livre para português. Este material pode ser copiado e distribuído sempre e quando se inclua o direito de Autor© International Cesarean Awareness Network, Inc. Todos os direitos reservados.

Grilinha disse...

Desejo-vos toda a força do mundo e alegria para poder encarar o dia a dia.
Sou uma mãe que tem muitos problemas, sem dúvida. O meu filho tem paralisa cerebral e é uma vida dificil. Mas perder um filho é uma dor sem comparação...
Um beijo e votos de que se faça justiça, que bem sei , nunca será o mesmo que ter a vossa menina convoosco. Um beijo

Anónimo disse...

OLá,aos pais e irmã da Bea.so agora tive coragem de manifestar minha solidariedade a vcs. É que tive a ver voces no sic mulher a falar sobre o caso da Beatriz e estava grávida de sete meses fiquei muito comovida e triste por voces,até comentei com meu marido sobre isso.A vossa historia não me saiu da cabeça entretanto chegou o dia da minha filha nascer e la fui eu pro hospital de portalegre ter minha filha,fui atendida por um medico espanhol bruto horrivel. insistiu tanto no parto normal me deixando 10 horas a espera e minha filha ja sem liquidos e sem dilatação suficiente. A minha doce Nicole asfixiou e o medico sem um pouco de humanismo e compaixão pela vida humana arrancou-a literalmente do meu utero usando forceps depois de ja ter tentado as ventosas.Foi de uma crueldad tal que partiu-lhe a medula na altura do pescoço dixando-a tetraplegica ou seja alem de encefalopatia hipoxica isquemica grau 3 ela tava tetraplegica uam combinaçao mortal,minha filha so sobreviveu 34 dias e apenas pq tava ligada ao ventilador.nunca pensei que doesse tanto... desculpa o desabafo eu to mt traumatizada eu acompanho o vosso caso ha mt tempo e nunca pensei que fosse me acontecer semelhante coisa.Se eu ja imaginava a vossa dor agora sei qual e mesmo pois vivo a mesma dor. Deus vai nos da coragem e força pra fazer justiça aos nossos anjinhos. um grande beij pra vcs.