quinta-feira, 12 de abril de 2012

Médico investigado por não ter detectado malformações em ecografias
Publicado em 2011-11-29

O Ministério Público está a investigar o caso de uma criança que nasceu com múltiplas malformações físicas (sem queixo e com as pernas ao contrário) e mentais, alegadamente sem o obstetra ter detectado as deficiências nas ecografias.

foto PAULO SPRANGER/global imagens
Ecografia

A menina nasceu em Janeiro deste ano, no Hospital Amadora-Sintra. A mãe, Laura, foi seguida durante a gestação no Centro de Saúde da Amadora, mas as ecografias foram realizadas na clínica Rui Machado - Centro de Imagiologia da Amadora, com o qual a instituição pública tem um protocolo.
"As ecografias eram muito rápidas e eram feitas em minutos", contou Laura à agência Lusa, acrescentando que nunca lhe disseram para fazer a ecografia morfológica, recomendada por volta das 22 semanas para estudar detalhadamente a estrutura fetal.
Os exames foram feitos na clínica privada pelo médico Artur Carvalho e depois vistas pelo médico de medicina familiar do centro de saúde. "O médico [do centro de saúde] nunca identificou nada. Só olhava para os relatórios e dizia que estava tudo normal", afirmou.
Na altura, Laura sentiu-se pouco e mal acompanhada, pelo que tomou a iniciativa de ir ao Hospital Amadora-Sintra, às 38 semanas de gestação.
Ao analisar uma ecografia, um médico disse-lhe que "algo não estava bem" e marcou uma cesariana de urgência, já que a criança estava sentada e isso impossibilitava o parto normal. Segundo a mãe da criança, o parto foi rápido, mas no fim não a deixaram ver a bebé.

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